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Oficina Individual de Formação - Práticas Oficinais, de Américo Costa

Obras em destaque

28 agosto, 2017

Os métodos de ensino usados na formação profissional são muito baseados numa formação muito homogénea, pouco individualizada, sem levar em linha de conta muitas vezes as dificuldades especificas de cada formando, no caso de estarmos a falar de formação inicial ou, no caso da formação de activos, levar em consideração com a experiência e a origem profissional especifica de cada formando.

Temos um sistema montado na figura e esforço do formador, pois grande parte da nossa formação está orientada para uma vertente expositiva, logo a dinâmica da nossa formação acaba por ficar muito centralizada na mesma pessoa, o formador. O quadro, um projector de vídeo e um computador fazem parte do ambiente da maior parte das formações. Os formandos esses, passam grande parte do tempo numa atitude mais ou menos passiva, ouvindo, colocando algumas questões, mas normalmente dentro de um registo de esforço muito reduzido.

Porque não procurar um caminho diferente? Será assim tão utópico pensar numa “Formação sem Formador”? Se cada sessão de formação estiver perfeitamente esquematizada, se todas as dicas e instruções do formador estiverem descritas de forma clara, se todos os exercícios propostos estiverem resolvidos de forma que o formando possa seguir a sua aprendizagem de forma autónoma não conseguiremos melhores resultados? Eis para mim algumas das vantagens deste método:

  • Os melhores alunos poderão evoluir mais rapidamente, tirando partido da sua maior facilidade de aprendizagem. Fazendo um percurso mais rápido poderão atingir outros patamares de exigência e a execução de trabalhos mais complexos, que será certamente uma motivação extra para o formando e formador;
  • O aluno com mais dificuldade poderá beneficiar de um acompanhamento mais próximo do formador, beneficiando com o menor tempo que o formador terá que despender com os formandos mais autónomos;
  • Na formação de activos poderemos fazer uma formação perfeitamente individualizada, procurando ir ao encontro das necessidades específicas de cada formando. Os formandos são muitas vezes oriundos de diferentes empresas, trabalhando com produtos diversos e com bagagens de conhecimentos diversificadas não podem por isso ter formação comum. Com este método é possível conciliar na mesma sessão de formação formandos em vários estados de desenvolvimento e de conhecimento e com objectivos distintos;
  • Outras das vantagens deste tipo de formação era a uniformização que se conseguia entre diferentes locais de ensino. Seria possível monitorizar e uniformizar todo processo à distância e ajustar a sua evolução as necessidades do mercado. Só assim conseguiríamos um sistema de formação evolutivo e uniformizado;
  • Por vezes no sistema actual colocamos muito da responsabilidade do sucesso da formação no formador, mas o formador é um ser humano, que falha, que erra, que pode ter um dia menos bom, por isso é preciso criar um sistema que só por si garanta uma boa qualidade de formação. Não podemos fazer depender a qualidade da nossa formação quase exclusivamente do formador. Independentemente da qualidade do formador a qualidade da formação não pode estar em causa. O formador terá que ser uma mais valia em cima de um produto já de si de excelente qualidade.

Existe somente um senão, todos sabemos que a elaboração de manuais virados para a auto-formação é um trabalho tremendo, nesta perspectiva o esforço do formador na sala de aula passa a ser só a ponta do iceberg do seu trabalho, pois grande parte do seu esforço estaria concentrado na elaboração dos conteúdos. Dramatizando um pouco, para uma 1 hora de formação em sala passaria a ser necessário 10 de preparação.

Apesar desta desproporção não podemos ficar alarmados, isso seria só no princípio, enquanto não tivéssemos suficiente material desenvolvido. Esse esforço de preparação seria cada vez menor e em benefício estaríamos cada vez mais preparados para acompanhar grupos cada vez maiores e em níveis completamente distintos de aprendizagem.

A introdução ao trabalho prático seguinte representa o método usado para a transmissão de conhecimentos na obra Práticas Oficinais - Exercícios Práticos de Torneamento e Fresagem:

1. Práticas Oficinais, exercícios práticos de torneamento e fresagem

download em 3D
para ver o desenho é necessário ter o adobe reader

As cotas nominais especificadas nos desenhos de fabrico que não tenham tolerâncias individuais especificadas devem respeitar o toleranciamento geral especificado normalmente na legenda.

A tabela seguinte diz respeito ao toleranciamento geral definido pela norma ISO 2768 que contempla quatro classes: fina, média, grosseira e muito grosseira. Por exemplo, a cota de 90 mm especificada no desenho anterior fica compreendida no intervalo de 30 a 120 milímetros e segundo a classe fina especificada (ISO 2768-mK) deve ficar após a maquinação entre 89.7 mm e os 90.3 mm resultante da tolerância de ±0.3.

Tolerâncias dimensionais gerais ISO 2768

Tolerâncias lineares

Tolerâncias angulares

1. Fixe a prensa na mesa da fresadora a mais centrada possível para o máximo de equilíbrio da máquina. Antes de montá-la limpe a mesa da fresadora e a base da prensa.

2. Alinhe a fixação da prensa com ajuda de um relógio comparador. Fixe a base do relógio comparador na árvore e a ponta da agulha na superfície lateral do mordente fixo da prensa. Movimente a mesa manualmente de forma que o apalpador do relógio comparador percorra todo o comprimento do mordente fixo. Observe o movimento da agulha do relógio. Solte os parafusos de fixação da prensa no caso de ter que a ajustar, corrigindo o seu alinhamento. Fixe a prensa definitivamente logo que o desvio da agulha seja próximo de zero.

3. Inicie o processo de fabrico da peça fixando um bloco de material em bruto de St 37 na prensa. O St 37 é um aço de construção comum usado em órgãos de máquinas e na construção soldada. O bloco deve ter as seguintes dimensões 24x24x92. Assente a barra de material nos calços da prensa e aperte.

Se o material contiver rebarbas remove-as antes de apertá-lo na prensa. Considere um máximo de aperto possível, deixe de fora dos mordentes da prensa o estritamente necessário para a maquinagem. Com um martelo de nylon ou de cobre bater levemente no bloco de material apertado até os calços ficarem imobilizados (se a base apoio da peça for de pouca largura considere o uso de um só calço). Se não existirem calços estes devem ser fabricados.

4. Selecione a fresa a usar. Define a velocidade rotação e avanço da mesa. Neste caso vamos usar uma fresa de diâmetro de Ø50 mm. Limpe o cone porta-fresas e o cone da árvore da máquina. Introduza o cone porta-fresas da máquina e aperte-o através de um tirante. Segure a fresa com algo que o proteja, para evitar cortar-se e de seguida monte a fresa no porta-fresas e aperte suavemente. Na fresagem em geral o contacto da fresa com a superfície da peça não deve ser superior a 2/3 do diâmetro da fresa. Isto favorece a refrigeração dos dentes da fresa, uma vez que necessariamente 1/3 de seu diâmetro ficará ausente do contacto.

Mais sobre a obra:

Práticas Oficinais - Exercícios Práticos de Torneamento e Fresagem
Américo Costa
Publindústria

O nosso país dispõe de uma forte tradição no fabrico de peças por arranque de apara. Os processos de fabrico como o torneamento e a fresagem, entre outros, fazem parte do quotidiano da maioria das empresas dos setores metalúrgico e metalomecânico. Este livro visa apresentar algum do conhecimento dos profissionais desta área convencional com o intuito de promover a autoformação do aluno.
Esta obra, profusamente ilustrada, foi concebida para que o aluno possa fazer uma aprendizagem autónoma através de capítulos compostos por uma explanação teórica e um conjunto de exercícios práticos devidamente resolvidos.
Este livro dirige-se a todos os alunos dos cursos de cariz profissional que abordem a temática do fabrico de peças por arranque de apara, bem como a professores e estudantes do ensino superior e profissional que pretendam evoluir na sua qualificação.
Público-alvo:
Cursos de formação profissional
Cursos profissionais e vocacionais
Professores e estudantes do ensino superior
Profissionais da metalomecânica

Sobre o autor
Américo Costa, Licenciado em Engenharia Mecânica pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Especialista na área de CAD/CAM do CENFIM. Autor dos livros Autodesk Inventor Depressa & Bem e Autodesk Inventor 2010 Curso Completo. Professor convidado do ISPGaya – Instituto Superior Politécnico Gaya.

Práticas Oficinais - Exercícios Práticos de Torneamento e Fresagem
Américo Costa
Publindústria

ISBN: 9789897231094
Autor: Américo Costa
Editora: Publindústria
Nº de Páginas: 157
Idioma: Português
Data Edição: 2015
PVP: 20,00 €
Preço booki: 18,00 €
Poupa: 2,00 €


Disponível aqui!

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