Nos últimos anos, as ecoaldeias - comunidades locais que têm por objetivo minimizar o seu impacto ecológico mas maximizar o bem-estar e a felicidade - multiplicaram-se um pouco por todo o mundo, integrando uma grande riqueza de ideias e perspetivas radicais cuja origem pode encontrar-se em Schumacher, em Gandhi, no ecofeminismo e no movimento de educação alternativa.
Este caderno descreve a história e o potencial do movimento pelas ecoaldeias. As culturas indigenas e tradicionais, a economia alternativa como bancos e moedas comunitárias, a simplicidade voluntária, a permacultura, o desenho e o projeto com a natureza, a ecoconstrução, são algumas das linhas com que se tece este livro e o movimento que retrata.
A geração de energia em pequena escala, o tratamento de resíduos, sistemas de transportes de baixo impacto, a produção de alimentos de base local e por métodos biológicos, a revitalização de formas de governo de pequena escala e participativas, a mediação de conflitos, eis outros aspetos que caraterizam as ecoaldeias.
Numa época em que se aproxima a escassez de combustíveis fósseis, este caderno analisa o que podemos aprender com as ecoladeias, como viver de forma mais ecológica, saudável e sustentável, como criar uma cultura de paz, holística, orientada para a educação integral da pessoa.
Jonathan Dawson é educador, consultor, autor de livros e gestor de projetos em matéria de sustentabilidade com base na ecoaldeia de Findhorn, na Escócia. Entre 2006 e 2009 presidiu a Rede Global de Ecoaldeias (GEN - Global Ecovillage Network). Trabalha atualmente para a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial como conselheiro económico em programas de desenvolvimento de grupos de pequenas empresas na África Oriental.